Tu reclamas do vento,
corres contra o tempo,
e esqueces de me ver.
Nas crianças correndo,
nos dias amanhecendo
esqueces de me ver.
Me constrói templos,
mas destrói monumentos
que eu te entreguei.
E te esqueces que toda fonte de vida,
fui eu que criei.
Sou o vento,
que na calada da noite,
te bate a janela,
e te faz reclamar.
Sou as crianças,
as crianças que correm,
correm e dizem verdades ,
que você quer esconder.
Sou jacarés ,
dizimados nos pântanos.
Sou as Baleias,
espreitadas nos mares.
Sou as diferenças,
e o arco-íris no céu.
E como ousas,
me impor este véu!
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