Você diz que eu não sirvo para forjar,
você diz que eu não sirvo para tecer.
Você, faz pouco das minhas qualidades,
mas sei que não é por maldade,
foi a tua condição que te fez assim.
E assim vamos tocando nosso barco,
você la na mansão e eu no barraco.
Degladiamo-nos no espaço,
mas é que tudo é muito escasso,
e que te sobra é o que me falta .
As vezes quando olho toda a filharada,
querendo sapato, escola e de comer.
Eu penso na tua industria, tua invernada,
e até perco a vontade de viver.
Mas quando a noite é enluarada,
eu olho no horizonte e vejo a estrada.
Analiso frio, dou uma gargalhada.
Fico contente:
nós dois vamos morrer...
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