quarta-feira, 4 de maio de 2011

DÓCIL MENINA

No desconforto do momento;
abro a janela do mundo,
e vejo crianças brincando.
As mães olhando,
suas pernas estão de fora,
e esbanjam tesão.

Um grito de alerta explode,
no íntimo de minha alma.
Tenta me convencer,
de que a vida vale a pena.
Ouço as canções de Caetano,
e Raul Seixas grita esculachado.

Sinto dor ,
solidão, ansiedade.
Sou só um ser humano,
sem solidariedade.

E do desconforto do momento,
surge um novo alento.
São seus olhos que cintilam,
na bruma fina da esquina,
minha tão dócil menina.
                                          

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