quinta-feira, 5 de maio de 2011

ROTINA DA ROÇA

De manhãzinha, lá na beira do riacho,
tem um galo que é tão macho,
e que não pára de cantar.
Abro a porteira do barraco que é tão baixo,
olho o mundo e me despacho
para o trabalho executar.
E no caminho, vou pensando nesta vida,
recordando meus amores ,
e o galo a cantar.
Imaginando como a vida é engraçada,
uns tem tanto e outros tem nada,
e o galo a cantar.

E o galo canta...cocoró,
que o galo canta...cocoró,
que a gente canta...cocoró
coró...coró

O vento sopra, a galheira se enrosca,
quase fura minha bota,
continuo a caminhar.
De vez em quando um mosquito me perturba,
penso que a gente madruga,
tenta a vida melhorar.
Tantos problemas, desta vida aqui da roça,
de quem vive na palhoça,
com os filhos para criar.
Mas é difícil porque os homens lá de cima,
não sabem o que é vida dura,
só sabem cocorocar.

E o galo canta...cocoró,
que o galo canta...cocoró,
que a gente canta...cocoró
coró...coró



Nenhum comentário:

Postar um comentário