quinta-feira, 5 de maio de 2011

FÁBRICA

Abre a carcaça,
gira o tampão,
pega a tarraxa,
finca o pinhão.

Dá-lhe tarasca,
dá-lhe peão !
Vida danada,
nesta função.

Todos os santos,
todas as igrejas,
tanta beleza,
e solidão.

Povo apressado,
apavorado,
aporrinhado,
bate cartão.

Vida atrevida,
e tão malvada.
Atrevinhada,
sem pés no chão.

Vida que eu vivo,
tão do barraco,
tão do sarrafo.
Eu sou peão

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